Além do Brasil, Peru, Argentina e Chile também integram a lista. A expansão também abrange países como México e Kuwait

São Paulo, julho de 2025 – Lançada este ano, o Zenith – solução que usa IA para mapear e atacar a causa-raiz do adoecimento psíquico no ambiente do trabalho, amplia a área geográfica de atuação e está conquistando espaço em outras culturas de trabalho e continentes, dada à seriedade com que o tema de saúde mental é tratado.
“A norma chega atrasada no Brasil em relação às economias mais avançadas do mundo – foi o Reino Unido que implementou as primeiras normativas de gestão de estresse organizacional em 1984. O Brasil também fica para trás em relação a atores emergentes como Colômbia, que levou a cabo a implementação de normas de gestão de estresse organizacional em 2012, seguida pelo México em 2017”, explica Glauco Callia, CEO e fundador do Zenith, ao lado do especialista em inovação e transformação digital, Rodrigo dos Anjos.
Com a expansão global, que já deu a largada em países como México, Argentina, Chile, Peru e Kuwait, a empresa prevê crescer significativamente até o final do ano. A entrada nessas regiões acontece por meio de empresas multinacionais e representa um grande avanço e uma nova era em saúde mental organizacional.
O programa especializado em governança em saúde mental tem como empresa parceira o Grupo Mast, que atualmente conta com 450 colaboradores, e atua na gestão da saúde ocupacional corporativa e segurança do trabalho. Com mais de 3,5 mil clientes de diversos segmentos, embora a tenha como investidor, a plataforma Zenith funciona de forma independente, com identidade, propósito e operação própria.
Desenvolvido a partir de um método global e estudado há mais de 10 anos no mercado, a plataforma tem abarcada o questionário HSE, do inglês EHS – Environment, Health and Safety, desenvolvido pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e validado pelo National Health System (NHS).
“Nascemos para desafiar o status quo do nosso setor e expandir o olhar sobre a saúde mental corporativa. Queremos redefinir a maneira como o mercado trata o bem-estar organizacional. Não oferecemos serviços psicológicos – nosso propósito vai muito além do apoio individual dos colaboradores -, afinal levantamos e tratamos o dado, sugerimos e executamos o plano de ação e monitoramos os grupos e indivíduos.”, afirma Callia, médico corporativo, com passagem por multinacionais globais como GSK e Caterpillar, tem especialização em arquitetura de programas de inteligência artificial pelo MIT.
Efeito em cascata
Estudos da OMS – Organização Mundial da Saúde revelam que transtornos mentais são hoje a principal causa de afastamentos no trabalho. O presenteísmo, que é quando o colaborador está fisicamente presente, mas emocionalmente ausente, é uma bomba silenciosa e catalisadora que mina engajamento, produtividade e cultura. Se juntar os quadros de ansiedade, depressão e estresse grave, representam 8,35%, já que os problemas relacionados à saúde mental já são a segunda maior causa dos adoecimentos ocupacionais.
Em 2024, o Brasil amargou um aumento de 68% nos afastamentos previdenciários relacionados às doenças mentais, representando 472.328 afastamentos em um ano. Em termos comparativos, esse número é maior do que a população economicamente ativa de países como Montenegro, por exemplo
A provocação é clara: qual é o custo invisível que hoje – e há muito tempo -, as empresas estão pagando por negligenciar a saúde mental? “Enquanto muitas empresas encaram a nova norma como um obstáculo burocrático, o mercado precisa enxergar como um catalisador de transformação e mapear, com precisão, a raiz do problema e não mais usar óculos míopes e soluções paliativas que não atingem a real entrave que impendem as empresas de crescerem”, finaliza o executivo.